Custos logísticos podem definir a boa rentabilidade do negócio

por Josana Teruchkin* O momento atual tem exigido de empresários e gestores uma série de ações. Hoje é fundamental trabalhar com planejamento e orçamento, condições básicas para o controle e a boa rentabilidade dos negócios. E isso diz respeito à logística também. A Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML) estima que o custo com logística em […]

Josana Teruchkin

por Josana Teruchkin*

O momento atual tem exigido de empresários e gestores uma série de ações. Hoje é fundamental trabalhar com planejamento e orçamento, condições básicas para o controle e a boa rentabilidade dos negócios. E isso diz respeito à logística também. A Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML) estima que o custo com logística em uma empresa equivale, em média, a 19% do seu faturamento. Um custo tão relevante para nossos clientes aumenta a importância da nossa missão em ajudá-los a equilibrar a participação dos custos logísticos no seu negócio e melhorar sua rentabilidade.

Para isso, além da consultoria da área de projetos/operações para entender e buscar melhorias operacionais, temos que ter competitividade, ou seja, custos atrativos em um momento tão difícil. Produtividade, inovação e gestão, olhando para dentro de casa, é fundamental. O desafio está em ter boa gestão de custos, acompanhar, controlar e manter os números alinhados. As empresas organizadas, cada dia mais, se aprimoram nesse entendimento. O detalhamento da receita, margens de lucratividade por negócio, por rota, assim como os custos operacionais e administrativos, precisam ser muito bem analisados, comparados com o previsto no orçamento, criticados, justificados, melhorados. Quem não mede e não controla, não consegue enxergar e pode comprometer enormemente o seu resultado.

Na Sulista, há muitos anos trabalhamos com uma base orçamentária e um plano de metas. Fomos aprimorando ano a ano os nossos controles, determinamos um índice mínimo aceitável de rentabilidade para os negócios, investimos em tecnologia, treinamos nossa equipe para ter uma cultura analítica com foco no resultado.

Diante desses ajustes, algumas coisas mudaram. Passamos a enxergar nosso negócio no detalhe, fazer as mudanças necessárias, dispensar negócios não rentáveis, melhorar nossa produtividade para reduzir o custo do serviço prestado. O mercado sente isso e, mesmo em tempos difíceis na economia, conseguimos alavancar negócios.

Diferencial para o mercado

Acreditamos que vivenciar as operações do cliente, entender com ele quais são os pontos de atenção, utilizar nossa experiência e estrutura operacional para fazer diferente, trabalhar fortemente na identificação e correção das ineficiências do processo logístico é o que faz diferença.

Como exemplo podemos citar um de nossos clientes que tinha um amplo escopo de transporte de carga lotação, fluxo de saída de materiais para entrega a clientes e fluxo de entrada de materiais na fábrica. As cargas se originam em diversos pontos de coleta e entrega. Estas operações eram totalmente “descasadas”, ou seja, não se conversavam. Atuamos em conjunto com o cliente mapeando todas as rotas e desenhando um projeto de sinergia do fluxo de saída e entrada de mercadorias. O caminhão que entrega é o mesmo que retorna com matéria prima produtiva. Parece simples, mas em uma operação de grande volume, esta sinergia precisa de muita interação para acontecer. O novo formato operacional implantado trouxe uma condição de produtividade interessante, com redução dos custos logísticos.

 

*Josana Teruchkin é diretora executiva da Transportadora Sulista

 

Veja também

Por