Em busca da segurança

Combater o roubo de cargas, prevenir acidentes e tornar a frota mais produtiva, esses são os principais desafios que o transportador rodoviário de cargas enfrenta. Para ajudá-lo, as empresas de monitoramento, telemetria e gestão de frotas estão sempre desenvolvendo novas tecnologias e soluções. O cenário é preocupante: segundo levantamento da Associação Nacional do Transporte de […]

Combater o roubo de cargas, prevenir acidentes e tornar a frota mais produtiva, esses são os principais desafios que o transportador rodoviário de cargas enfrenta. Para ajudá-lo, as empresas de monitoramento, telemetria e gestão de frotas estão sempre desenvolvendo novas tecnologias e soluções. O cenário é preocupante: segundo levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), o roubo de carga teve alta de 42% no Brasil nos últimos quatro anos, causando prejuízos superiores a R$ 1,2 bilhão por ano. E não é só isso: o Brasil é o quarto país com maior índice de acidentes de trânsito. Dos 166 mil acidentes em rodovias federais em 2014, 28 mil envolveram caminhões. Isso significa mais de meio milhão de vítimas de acidentes de trânsito todos os anos, informa o Observatório Nacional de Segurança Viária.

O Brasil já gasta quase R$ 60 bilhões por ano com acidentes de trânsito, mostram os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Nesse contexto, as empresas que atuam no transporte de cargas buscam formas de reduzir as perdas, humanas e materiais, nas estradas e vias brasileiras. A tecnologia, por meio de soluções de rastreamento e monitoramento (de cargas, condutores e veículos), tem sido de grande ajuda nessa árdua tarefa. Mesmo em tempos de crise econômica, o mercado tem crescido 10%, em média, por ano.

Buonny – Cyro Buonavoglia,presidente da gerenciadora de riscos Buonny, revela que as transportadoras têm procurado na tecnologia soluções para minimizar tais perdas. “Ao contratarem uma gerenciadora de riscos, possuem a vantagem de obterem informações preciosas sobre os equipamentos mais eficientes e os acessórios necessários para um bom monitoramento, o que já é exigência das companhias seguradoras em quase todos os tipos de produtos”, alerta.

Em 2016, a Buonny fez investimentos em tecnologia e desenvolvimento de software logístico, tendo crescimento de 8%, em relação a 2015. “Já no primeiro trimestre de 2017 crescemos 15%, em comparação ao mesmo período de 2016, o que demonstra recuperação e aquecimento do segmento. Observamos que as empresas de tecnologia, que investiram em ações efetivas que proporcionam a leitura de dados e informações por meio da telemetria, aliadas a rastreamento e monitoramento, tiveram crescimento, pois os transportadores conseguem melhorar o processo de controle e o desempenho das operações. ”

A gerenciadora disponibiliza softwares que fornecem diversas informações para os embarcadores e transportadores, entre elas, o posicionamento dos veículos em tempo real, as rotas percorridas e o tempo gasto, as paradas realizadas pelo motorista durante o percurso, maior controle das paradas para carregamento e descarregamento, controle da jornada de descanso e velocidade aferida.

Buonavoglia destaca que os acidentes têm aumentado exponencialmente nos últimos anos. “Vários fatores externos contribuem para este crescimento, como o estado de conservação das estradas, a rotina estressante dos profissionais aliada ao uso de drogas lícitas e ilícitas, problemas de saúde dos profissionais envolvidos, má conservação da frota atual pela consequente falta de manutenção preventiva. Mas já temos a tecnologia agindo de forma intensiva na minimização destes acidentes e atuando onde conseguimos mapear e identificar as causas dos eventos”, diz.

Na Buonny, cada acidente é lançado em um banco de dados e abastece um software de desenvolvimento próprio, que fornece o resumo da ocorrência: local, horário, tipo de veículo, tipo de motorista (autônomo, agregado ou funcionário), características do acidente, estado da pista, leitura dos dados estatísticos do veículo (tacógrafo ou por meio da leitura do sistema de monitoramento e telemetria). “Tais dados se transformam em um grande mapa de eventos que será utilizado pela nossa equipe de treinamento preventivo e deverá fazer parte integrante do processo de nossos clientes para a redução da sinistralidade”, informa Buonavoglia.

Leia mais no Anuário do de Carga no Acervo Digital OTM  sobre as novas tecnologias que as empresas de monitoramento, telemetria e gestão de frotas estão desenvolvendo para este cenário.

 

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