Mercedes-Benz cresce no segmento de blindados

Enquanto aguarda a melhora do mercado brasileiro a Mercedes-Benz tem buscado novos negócios em nichos específicos no setor de caminhões, com a oferta de soluções de acordo com as necessidades do cliente. No segmento de blindados o contrato fechado pela empresa foi com a espanhola Prosegur, que adquiriu sete caminhões Axor 2644 blindados para o transporte […]

Enquanto aguarda a melhora do mercado brasileiro a Mercedes-Benz tem buscado novos negócios em nichos específicos no setor de caminhões, com a oferta de soluções de acordo com as necessidades do cliente. No segmento de blindados o contrato fechado pela empresa foi com a espanhola Prosegur, que adquiriu sete caminhões Axor 2644 blindados para o transporte de cargas valiosas e 134 chassis 915 E para renovar a sua frota de carros-fortes.

Para suportar o peso da blindagem, o Axor 2644, que sai de fábrica com tração 6×4, ganhou o quarto eixo diferencial transformando-se numa versão 8×4 de 30 metros de comprimento, o maior caminhão blindado da América Latina. Desta forma o veículo pode tracionar semirreboques como o bitrenzão (composição de dez eixos), assegurando uma capacidade volumétrica de carga de 175 metros cúbicos (100 no primeiro semirreboque e mais 75 no segundo), com até 74 toneladas de peso bruto total combinado (PBTC). A implementação dos caminhões Axor 2644 foi feita pela Multieixo – Implementos Rodoviários.

A aquisição dos novos veículos, segundo Rubens Carbonari, diretor regional da Prosegur, faz parte do programa de investimento elaborado pela companhia, que inclui a liberação do aporte de mais de R$ 5 milhões para a ampliação da sua frota e o desenvolvimento de soluções ao transporte de mercadorias com alto valor agregado com o objetivo de suprir a crescente demanda de seus clientes para esse tipo de transporte em virtude do aumento da insegurança no país. Carbonari afirma que desde que passou a transportar cargas valiosas em 2011, os recursos oferecidos pela Prosegur para estes veículos vêm apresentando uma boa aceitação do mercado. “Das sete mil operações realizadas desde 2011, transportando algo próximo de R$ 10 milhões em mercadorias, a empresa teve sinistralidade zero. Isso mostra que estamos no caminho certo do gerenciamento do risco”, afirma.

Na sua frota a Prosegur mantém 1.650 veículos blindados, sendo a grande maioria formada por carros-fortes para o transporte de valor convencional. Para a movimentação de cargas valiosas utiliza 27 caminhões pesados, número que deverá chegar a 35 veículos até o final de 2018, dobrando a participação deste tipo de negócio no faturamento da empresa que atualmente é de 2%. “O setor que está demandando este tipo de caminhão é o de eletroeletrônico”, diz Carbonari.

Na Prosegur 80% da demanda pelo transporte de cargas valiosas estão concentrados no Sudeste, com origem no Estado de São Paulo e destino para os demais estados da região.

No mercado de veículos blindados, cuja média de vendas tem oscilado entre 250 a 300 unidades ao ano (até junho de 2017 foram comercializados 239 veículos), a Mercedes-Benz vem aumentando a sua participação de 40% em 2016 para 65% neste ano, após passar a oferecer uma solução completa para este mercado. No segmento de pesados blindados a empresa começa a explorar esse mercado a partir deste primeiro contrato fechado com a Prosegur.

Roberto Leoncini

Na avaliação de Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing, peças e serviços caminhões e ônibus Mercedes-Benz, há perspectiva de crescer neste nicho de mercado que está 95% concentrado no caminhão leve com uma frota de 6.500 veículos em circulação no Brasil. “Neste mercado os veículos têm em média dez anos de idade e são renovados em torno de 5% ao ano”, destaca Marcos Andrade, gerente de produto caminhão da Mercedes-Benz.

“Mas este segmento tem uma limitação para a renovação de frota que está na implementação. As quatro empresas que fazem a implementação do veículo têm capacidade limitada e o prazo é longo para concluir o serviço, variando de 30 a 35 dias, conforme a complexidade do veículo”, explica Leoncini.

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