Brasília adota Bilhete Único

O governo de Brasília lançou, em setembro, o Bilhete Único e a recarga online de créditos para abastecer cartões do transporte público. A compra pela internet já está disponível, mas a recarga também pode ser feita em 33 postos já existentes. Com um grupo de dez cartões, sendo que quatro deles são novos, os usuários […]

O governo de Brasília lançou, em setembro, o Bilhete Único e a recarga online de créditos para abastecer cartões do transporte público. A compra pela internet já está disponível, mas a recarga também pode ser feita em 33 postos já existentes. Com um grupo de dez cartões, sendo que quatro deles são novos, os usuários terão mais facilidades para acessar a integração do transporte público do Distrito Federal, o que vai resultar em economia para o cidadão. Os cartões do metrô serão gradualmente substituídos pelo Bilhete Único. A troca permitirá que todos usem os ônibus e o metrô com o mesmo cartão. Além disso, haverá mais catracas para acesso às estações com o Bilhete Único, o que trará mais agilidade para os passageiros.

As quatro novas modalidades de cartão são: Criança Candanga, que beneficia crianças de três a cinco anos; Especial do Acompanhante voltado somente para os acompanhantes de pessoas com deficiência; Melhor Idade para idosos com isenção tarifaria; e o cartão para turistas. Os usuários que já têm cartões que dão acesso à integração e a benefícios não precisam trocá-los, pois estarão automaticamente no Bilhete Único. Também não haverá necessidade de atualizar cadastros. Apenas os usuários dos cartões Flex e Múltiplo do metrô deverão migrar gradativamente para o Bilhete Único. A Secretaria de Mobilidade orienta os passageiros a gastar todo o crédito já carregado no cartão para somente depois solicitar a troca. O modelo de bilhete unitário do metrô pode ser usado para os que usam o serviço eventualmente.

A Transdata Smart forneceu o sistema de bilhetagem eletrônica de Brasília, hardware e software. O sistema foi implantado em 2007, mas abrangia apenas os ônibus e o sistema BRT (Bus Rapid Transit). “O metrô da capital federal usava outro sistema de bilhetagem, com tecnologia distinta e não integrada ao sistema ônibus e ao BRT. Agora, para iniciar a operação do Bilhete Único, a Transdata implantou hardware e software em todas as estações do metrô e adaptou o sistema para permitir a integração intermodal. A empresa também deu suporte ao governo do Distrito Federal na implantação de 20 novos postos de cadastro e emissão do bilhete único”, informa Rafael Teles, gerente de Negócios e Projetos Especiais da companhia.

Além do sistema de bilhetagem, a Transdata está implantando o sistema de biometria facial no metrô de Brasília. O sistema permite verificar se o passageiro que está utilizando um cartão com direito a algum benefício é exatamente a mesma pessoa que fez previamente o cadastro para tal em um cartão que possui um código de identificação específico no qual constam informações referentes ao nome, idade e dados biométricos faciais. Em casos de uso indevido do cartão, a empresa pode adotar as medidas administrativas que achar necessária. O equipamento da Transdata também possibilita novas formas de pagamento. “As catracas do metrô e os validadores dos ônibus também aceitarão cartões de crédito, por meio de uma parceria entre a Transdata e Mastercard”, explica Teles.

ECONOMIA – A integração tarifária já era possível para os que tinham cartões Cidadão e Vale-Transporte. Agora, fica acessível para os usuários do metrô. Além disso, com o sistema único, há mais catracas disponíveis, o que facilita o fluxo. De acordo com a secretaria de Mobilidade do DF, com o Bilhete Único, o usuário paga, no máximo, R$5 para percorrer até três trajetos de diferentes preços. Por exemplo: se alguém anda em uma linha circular interna, que custa R$2,50, depois opta pelo metrô, a R$5, e, por último, embarca em uma linha de curta duração, a R$3,50, o valor final da viagem será de R$ 5, desde que pague com o cartão do Bilhete Único. Se essa mesma pessoa escolhesse usar dinheiro, pagaria, pelos mesmos percursos, R$11. A tarifa de R$ 5 é para até três viagens no mesmo sentido em um período de até duas horas entre a passagem pela catraca do primeiro veículo e a do terceiro.

A secretaria destaca que, além da economia nas integrações, o cartão traz maior segurança ao passageiro, ao reduzir a quantidade de dinheiro no transporte público e permite o bloqueio do cartão e resgate dos créditos em caso de roubo, furto ou perda. Outro benefício será a maior agilidade nos embarques e desembarques.

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