Volume de emplacamentos de 2018 está 58% abaixo do obtido em 2008

Os resultados do setor pararam de cair, mas a esperada recuperação ainda não chegou, principalmente devido ao fraco desempenho no varejo Há dez anos, no período entre janeiro e agosto de 2008, a indústria de implementos rodoviários entregou ao mercado 88,3 mil unidades. Esse total é 58% acima do apurado em oito meses desse ano […]

Os resultados do setor pararam de cair, mas a esperada recuperação ainda não chegou, principalmente devido ao fraco desempenho no varejo

Há dez anos, no período entre janeiro e agosto de 2008, a indústria de implementos rodoviários entregou ao mercado 88,3 mil unidades. Esse total é 58% acima do apurado em oito meses desse ano quando foram emplacados 55,8 mil produtos. “A crise fez recuar nosso desempenho de tal ordem que levaremos muito tempo para nos recuperarmos”, afirma Norberto Fabris, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

Em 2008, a indústria entregou ao mercado 37,9 mil reboques e semirreboques e 50,4 mil carrocerias sobre chassis.

Esse ano, por setor, os volumes são 27,7 mil e 28,1 mil, respectivamente. “Historicamente, em termos de unidades, há um volume naturalmente maior no segmento leve. Mas como a economia está reagindo lentamente e sem sinais de aquecimento nas cidades, o setor está com desempenho menor”, explica Fabris.

Os fabricantes de implementos rodoviários estão diretamente ligados aos demais segmentos da economia. Atualmente, aproximadamente 60% das mercadorias que circulam pelas ruas e estradas do país o fazem a bordo de implementos rodoviários.

“Se os negócios estão aquecidos a nossa indústria recebe os benefícios, mas quando não nós sofremos as consequências”, afirma Fabris.

De janeiro a agosto de 2018, o total de implementos rodoviários que foram emplacados chegou a 55,8 mil unidades. No mesmo período de 2017, a indústria entregou ao mercado 36,4 mil unidades. Quando avaliamos os resultados acumulados do ano, nota-se que a curva descendente, que vinha se mantendo desde 2014, foi interrompida.

“Por conta das perdas acumuladas não se pode afirmar que estamos crescendo, mas sim iniciando a recuperação”, assinala Mário Rinaldi, diretor executivo da Anfir. Nas vendas para o mercado externo, o primeiro semestre apresentou queda de 19,5% em relação ao ano anterior, com 1,7 mil implementos exportados. A expectativa da entidade é chegar ao final de 2018 com um total de emplacamentos da ordem de 82 mil unidades entre reboques e semirreboques e carroceria sobre chassis, em proporções iguais para cada segmento.

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