Empresas apostam na integração do transporte fluvial

Aproveitar o potencial hidroviário, associando-a ao transporte marítimo tem sido uma solução para proporcionar mais efetividade às operações logísticas A Aliança Navegação e Logística, especializada em cabotagem, investe em parcerias para expandir seu atendimento intermodal, no serviço porta a porta, com intuito de oferecer uma solução logística mais segura e eficiente. A logística fluvial é […]

Aproveitar o potencial hidroviário, associando-a ao transporte marítimo tem sido uma solução para proporcionar mais efetividade às operações logísticas

A Aliança Navegação e Logística, especializada em cabotagem, investe em parcerias para expandir seu atendimento intermodal, no serviço porta a porta, com intuito de oferecer uma solução logística mais segura e eficiente. A logística fluvial é uma das características da região norte, que possui uma série de municípios onde o acesso é realizado por meio da navegação interior. “No ano passado, 24% das nossas entregas no Pará e no Amapá utilizaram rotas fluviais. Também iniciamos, em outubro, a operação via barcaça entre o porto de Vila do Conde e Belém, permitindo uma logística mais eficiente para atendimento dos clientes localizados na região metropolitana da capital paraense”, informa Erick Lourenço, gerente de operações da Aliança na região norte.

Com escalas semanais de navios no porto de Vila do Conde, a armadora oferece saídas diárias para Macapá, no Amapá, de segunda-feira a sábado, e duas vezes por semana para Santarém, no Pará, de terças e sextas-feiras. “Para este ano, o desafio é aumentar a movimentação nas rotas atuais e desenvolver projetos para outras localidades com grande potencial para a cabotagem, envolvendo o embarque de açaí, grãos, caulim, cacau”, afirma Otávio Cabral, gerente geral da Aliança na região norte.

De acordo com o levantamento feito pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em parceria com a Universidade Federal do Pará, em 2017, foram transportados, pelos rios da região, 9,7 milhões de passageiros e cerca de 3,4 milhões de toneladas de cargas.

A malha hidroviária é superior a 16 mil quilômetros.

REGIÃO SUL

O Tecon Rio Grande, terminal de contêineres do Grupo Wilson Sons, fechou 2018 com crescimento superior a 120% na movimentação de cargas via navegação interior, em comparação a 2017. As principais cargas transportadas foram produtos congelados, resinas, glicerina, utensílios domésticos, partes e peças, móveis, compensados e sucata. “Cada vez mais empresas se interessam pelo transporte fluvial e enxergam no modal uma série de benefícios, como diminuição dos custos em logística, redução dos riscos de acidentes e avarias nas cargas, além de menor emissão de gases do efeito estufa”, avalia o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti.

Localizado no porto de Rio Grande, o terminal opera integrado ao Contesc, terminal de navegação interior para contêineres do Grupo Wilson Sons, instalado em Triunfo, Rio Grande do Sul. São quatro viagens semanais entre as duas unidades.

Os produtos de importação, exportação e cabotagem seguem pelo rio Jacuí e têm como origem ou destino as cidades de Farroupilha, Carlos Barbosa, Garibaldi, Caxias do Sul, Veranópolis, Cruz Alta, Lajeado, Serafina Corrêa.

No início de 2018, devido ao crescimento da movimentação de cargas na região, o Contesc recebeu uma nova barcaça. Com capacidade de 150 TEU, a Trevo Roxo passou a operar junto com a Guaíba de 170 TEU. Ao longo do ano, as duas embarcações registraram volumes de 23,7 mil TEU. O Contesc oferece a possibilidade de estufar e desovar produtos no armazém. Esse processo gera uma economia de até 20% para os clientes. As cargas também podem ser estocadas e, depois, distribuídas de forma fracionada ou completa.

Com mais de 20 anos, o Tecon Rio Grande é um dos mais importantes terminais de contêineres da América Latina.

Atua nas principais linhas de navegação que escalam o país e atende a cerca de três mil importadores e exportadores. Em 2017, implantou o sistema Navis N4, ferramenta de gestão operacional utilizada nos maiores portos do mundo, e adquiriu três novos STS (Ship to Shore Super Post Panamax) e oito eRTG (Electric Rubber Tyred Gantry), no total de R$ 146 milhões de investimento.

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