Iveco renova linha de caminhões Tector

Montadora inclui dois modelos no portfólio, o 9.190 e o 11.190, e passa a competir no segmento de caminhões médios A Iveco renova sua linha Tector e acrescenta dois modelos ao seu portfolio, o 9.190 e o 11.190. Com os novos caminhões, a montadora volta a competir no segmento de médios e amplia a oferta […]

Montadora inclui dois modelos no portfólio, o 9.190 e o 11.190, e passa a competir no segmento de caminhões médios

A Iveco renova sua linha Tector e acrescenta dois modelos ao seu portfolio, o 9.190 e o 11.190. Com os novos caminhões, a montadora volta a competir no segmento de médios e amplia a oferta de produtos no mercado, com veículos de 9 ate 31 toneladas.

“Agora a Iveco fechou o seu leque e pode atuar em todos os segmentos”, afirma Marco Borba, vice-presidente da Iveco para a America do Sul. A renovação de toda a linha de caminhões Tector demandou investimentos de US$ 40 milhões, valor que foi extraído dos US$ 120 milhões anunciados pela Iveco na Fenatran 2017 e que teve uma parte aplicada em novos produtos, como o modelo leve Daily City e o pesado Hi-Road.

“Foram três anos de muito trabalho antes de lançar a nova família Tector. Rodamos com os caminhões do concorrente, acompanhamos de perto a rotina dos caminhoneiros e pensamos em cada detalhe do produto, para desenvolver um veículo ideal e adequado as necessidades do cliente”

comenta Ricardo Barion, diretor de vendas e marketing da Iveco para a América do Sul, para justificar o atraso no lançamento dos novos caminhões, que havia sido previsto para dezembro do ano passado.

Barion calcula que o segmento de médios representa 20% do mercado de transporte no Brasil, sendo 55% dominados pelos veículos de 11 toneladas e 45% pelos modelos de 9 toneladas. Neste mercado a Iveco pretende obter 10% de participação com os novos caminhões, cujos preços começam a partir de R$ 155 mil para o modelo 9.190 e R$ 165 mil para a versão 11.190.

“Os compradores desses caminhões são profissionais que transportam para a agricultura familiar, os supermercados, os atacadistas, os frigoríficos e os centros de distribuição; 60% são autônomos, que dirigem o seu próprio caminhão, e 40% são frotistas. E precisávamos ouvir esses clientes, para entender a sua rotina e desenvolver um produto que esteja adequado as suas necessidades”, diz Barion.

O trabalho de campo resultou em um caminhão robusto, mais ágil, econômico, seguro e confortável, segundo Barion. Os modelos de 9 e 11 toneladas estão equipados com motor NEF45 de 190 cv de potência produzido pela FPT Industrial, transmissão Eaton de seis velocidades e eixos Dana. A versão de 11 toneladas permite acrescentar um terceiro eixo, passando a ser um veículo de 13 toneladas. O serviço de adaptação pode ser feito por empresa parceira da Iveco.

Com o overdrive na sexta marcha manual, a Iveco conseguiu aumentar a performance do caminhão, mantendo a forca na quarta marcha, o que evita reduzir para a terceira durante a subida e diminui o consumo de diesel. “O condutor deste tipo de caminhão roda muito, freia, acelera e precisa de um motor que corresponda a essa agilidade no ciclo urbano, e agilidade significa uma resposta mais rápida do veículo. No caminhão 9.190 conseguimos uma redução de 4% no consumo de combustível e no modelo 11.190 a economia foi de 7%”, conta Barion Outro diferencial dos modelos médios, segundo a Iveco, está na suspensão com molas parabólicas no eixo traseiro, que garantem segurança, dirigibilidade e um rodar mais suave, em comparação aos feixes de molas trapezoidais. A suspensão da cabine e composta por coxim, mola e amortecedor, para garantir maior conforto ao condutor do veículo.

Com a mesma frente dos caminhões da marca que rodam na Europa, os Tector leves e médios tiveram atualização no design e receberam defletores maiores e mais eficientes. Os componentes do sistema do óleo e do radiador estão posicionados na parte frontal do veículo para facilitar o acesso do condutor e evitar perda de tempo na hora de fazer a inspeção.

Outra novidade e o sistema hidráulico de basculamento da cabine, que aumenta a segurança e facilita a manutenção.

Os caminhões estão com os degraus de entrada 40 centímetros mais baixos e as portas tem maior angulo para facilitar o acesso do motorista. As cabines estão maiores, com 2,5 metros de altura, e a alavanca de câmbio foi posicionada no painel, o que garante conforto, rapidez e segurança nas trocas de marcha.

“Outro ponto forte da cabine e a visibilidade. Temos o melhor campo de visão da categoria, com o maior para-brisa do segmento, com 1,53 metro quadrado e retrovisores desenhados para garantir uma visão ampla das laterais, o que significa mais segurança e facilidade ao conduzir o veículo em manobras, ruas estreitas e docas apertadas”, informa Barion.

SEMIPESADOS

Durante o lançamento dos caminhões leves e médios, a Iveco apresentou ainda as versões renovadas dos modelos Tector de 17, 24 e 31 toneladas, que também passam a ser comercializados com a nova cabine.

O destaque e o cavalo mecânico 17.3004×2 com cambio Auto-Shift, indicado para rodar com implemento de dois eixos espaçados, com capacidade máxima de tração (CMT) de 36 toneladas. “A partir de agora a Iveco tem a linha de caminhões que vai de 9 a 31 toneladas”, observa Barion. Hoje 80% dos modelos 6×2 e 8×2 da Iveco estão equipados com cambio Auto-Shift e 20% com cambio manual.

Para dar suporte as vendas dos novos caminhões, a Iveco está investindo na ampliação da sua rede de concessionárias.

“De 67 pontos de atendimento que havia em 2017, aumentamos para 71 em 2018 e ate o fim deste ano vamos chegar a 84 revendas”, promete o vice-presidente da Iveco para a América do Sul.

Com a abertura de novas concessionarias nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste, a Iveco passa a oferecer 80% de cobertura em todo o território nacional. “A gente sabe que somente o aumento de concessionarias não e sufi ciente para garantir um crescimento constante no pais. Temos que oferecer um atendimento eficiente na área de vendas e pós-venda e preço competitivo para os veículos”, comenta Borba.

Com o novo padrão do pós-venda, a Iveco conseguiu uma redução de 50% no tempo de reparo de um veiculo. “Todos sabem que caminhão parado não e bom para ninguém.

Temos que buscar sempre reduzir esse tempo parado, sempre com trabalho conjunto com a rede”, acrescenta o executivo.

Para os novos Tector, a Iveco oferece o serviço de revisão com preço fixo. Além do suporte técnico emergencial 24 horas, os clientes tem garantia de um ano para peças genuínas adquiridas e instaladas na rede de concessionárias da marca.

MERCADO

O vice-presidente da Iveco recorda que a empresa começou a fazer investimentos quando o mercado brasileiro ainda estava ruim. “Mas tínhamos certeza que haveria uma recuperação, e estávamos certos. Independentemente de como fechar junho, já estamos vendo um crescimento de 50% no primeiro semestre. Para o ano, a estimativa e que o mercado de caminhão tenha uma expansão de 30%, devido a um pequeno esfriamento no segundo semestre, mas nada expressivo que interfira na manutenção do crescimento do setor”, analisa o executivo.

Na opinião de Borba, o pior já passou e o horizonte que se desenha e muito promissor.

“Este e o momento de fortalecer a marca, de acelerar para continuar garantindo o crescimento da Iveco no Brasil e na América Latina”, afirma.

Na América Latina a Iveco tem presença destacada na Argentina, Colômbia, Peru, Paraguai, Uruguai e Chile, possuindo 37 pontos de atendimento nesses países.

Na Argentina, onde tem uma fábrica em Cordoba, a Iveco está comemorando 50 anos de atividades. “Mesmo com as dificuldades econômicas que o pais vem enfrentando nos últimos anos, o nosso vizinho continua tendo uma importância enorme para a Iveco. E a família Tector e um sucesso de vendas consolidadas naquele pais, com a liderança na categoria acima de 16 toneladas há mais de nove anos”, comenta o vice-presidente da Iveco.

Os novos caminhões, que começaram a ser produzidos em maio na fábrica de Sete Lagoas (MG), já estão prontos para ser vendidos no Brasil, na Argentina, no Paraguai e Uruguai. Em alguns países, como Chile, Peru, Colombia e Equador, foi preciso fazer adaptação no software para que os caminhões possam suportar a altitude elevada. A exportação desses veículos para o Paraguai terá início em dois meses.

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