Maior navio boiadeiro do mundo passa pelo porto de São Sebastião

Embarcação seguiu viagem com quase 21 mil animais, que foram levados para a Turquia, principal mercado de gado vivo brasileiro O maior navio boiadeiro do mundo, o Ocean Shearer, ficou atracado no porto de São Sebastião por cerca de 20 dias, para o carregamento de oito mil cabeças de gado para engorda. Na embarcação, já […]

Embarcação seguiu viagem com quase 21 mil animais, que foram levados para a Turquia, principal mercado de gado vivo brasileiro

O maior navio boiadeiro do mundo, o Ocean Shearer, ficou atracado no porto de São Sebastião por cerca de 20 dias, para o carregamento de oito mil cabeças de gado para engorda. Na embarcação, já estavam 13 mil animais vindos do Rio Grande do Sul, e o destino do gado é a Turquia. Com 189 metros por 33 metros, e disposição para aproximadamente 22,5 mil animais, o navio tem capacidade total de 33 mil toneladas.

Dois veterinários irão acompanhar os bois durante o percurso.

Em toda a região sudeste do país, o porto de São Sebastião é a única alternativa para os criadores de gado do Estado de São Paulo, sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e norte do Paraná. Atualmente, apenas outros dois portos operam com gado vivo no Brasil: Barcarena, no Pará, e Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

No ano passado, o porto de São Sebastião transportou ao todo 150 mil cabeças de gado. O embarque de animais é realizado em conformidade com as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os animais são transportados no modal rodoviário por um período limitado a doze horas, desde o estabelecimento de pré-embarque até o porto, onde são transferidos diretamente para o interior dos navios especializados no transporte deste tipo de carga. As embarcações para o transporte de animais são aprovadas por vários órgãos mundiais, sendo elas utilizadas na Europa, América do Norte e Oceania.

Atualmente, São Sebastião é referência no embarque de animais bovinos vivos para exportação. De acordo com a secretaria de transportes e logística de São Paulo, responsável pela Companhia Docas de São Sebastião, o porto se destaca “por ser um porto pequeno, limpo e organizado, ambientalmente amigável, de fácil acesso, e agilidade nas tratativas com as autoridades intervenientes no processo de exportação de animais. Isto torna os embarques mais produtivos”.

Ainda segundo a secretaria, as regras para o transporte e exportação de animais bovinos no Brasil são regidas pelo Decreto 24.548/1934, que gerou as normas iniciais para criação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, e suas instruções normativas, sendo a mais recente de numero 46, publicada em 28 de agosto de 2018.

Todos os processos estão em conformidade com as diretrizes preconizadas pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), da qual o Brasil é membro permanente. As normas da OIE regem os procedimentos com animais de pequeno, médio e grande porte pelo mundo.

A Turquia tem sido o principal destino dos embarques atuais, sendo que até novembro deste ano, o mercado turco já importou 150 mil cabeças de gado vivo do Brasil. Egito, Jordânia e Iraque são outros mercados importantes, mas menores. Tais países costumam optar por importar animais vivos por questões religiosas, para garantir que o abate seja feito em conformidade com os preceitos estabelecidos.

No porto, as empresas qualificadas como operadores portuários são responsáveis pelas operações de embarque. Recebem os animais nos caminhões e transferem diretamente para o navio por meio de passarelas devidamente projetadas para este fim. Na outra ponta, existem empresas especializadas que cuidam da logística do transporte dos animais desde a Estação de Pré-Embarque (EPE) até o ponto de egresso.

Quanto aos navios, são sempre devidamente certificadas. São vários armadores e a designação normalmente é feita pelo comprador, explica a secretaria.

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