Fabricantes de implementos equilibram perdas de 2020

Segmento leve (carroceria sobre chassis) apresentou retração de 5%, enquanto o segmento pesado (reboques e semirreboques) ficou 6% acima do volume de 2019

Márcia Pinna Raspanti

Conforme o setor esperava com base na gradual mas constante retomada dos negócios que começou a ocorrer no segundo semestre de 2020, o mercado de implementos rodoviários terminou o ano com um volume de emplacamentos bastante próximo aos resultados registrados em 2019, com uma variação positiva de 0,77%.

Em 12 meses, foram emplacados 122 mil produtos em 2020, ante 121 mil equipamentos no ano anterior . “O resultado mostra como o mercado reagiu em alguns segmentos cujo resultado foi a estabilização das perdas de forma geral”, analisa Norberto Fabris, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

O bom desempenho de setores como agronegócio, responsável por mais de 40% dos negócios no segmento pesado; construção civil, com a retomada de lançamentos residenciais e obras de infraestrutura; e transporte de remédios e alimentos foram os principais fatores que contribuíram para a recuperação da indústria de implementos rodoviários.

O segmento de reboques e semirreboques entregou ao mercado, no ano passado, 67 mil produtos, o que representa crescimento de 6% sobre o volume apurado em 2019. Os produtos que apresentaram maior crescimento foram silo (144,8%), tanque inox (106,4%) e basculante (32,9%). O setor de carroceria sobre chassis registrou retração de 5%, somando cerca de 54,5 mil unidades.

 “No próximo ano, a expectativa é que mais segmentos se juntem a esses pilares da recuperação do setor e também reajam positivamente. Esperamos registrar em 2021 crescimento entre 8% e 10%”, declara Fabris.

Nas exportações, cujos dados abrangem o período de janeiro a novembro, houve retração de 12,94% em 2020, em relação ao ano anterior. Foram 2.411 implementos vendidos no mercado externo em 2019 e 2.099 no ano passado.

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