Ferrovia Centro-Atlântica aumenta em 27% movimentação de carga

Dos 25 milhões de toneladas de produtos transportados no ano passado, 11,6 milhões são grãos (soja, milho e farelo de soja), 8,1 milhões, fertilizantes e insumos, e 5,3 milhões, açúcar

A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela VLI – empresa de logística que integra terminais, ferrovias e portos no Brasil –, movimentou 25 milhões de toneladas de cargas do agronegócio em 2020, volume 27% a mais em comparação com 2019.

O aumento, segundo a empresa, segue a tendência dos últimos cinco anos, período no qual esse tipo de carga teve alta de 189%. De 2016 a 2020, a VLI – empresa de logística que integra terminais, ferrovias e portos no Brasil, e controladora da FCA – movimentou um volume superior a 119 milhões de toneladas de soja, milho, açúcar, farelo, fertilizantes na ferrovia. 

Em 2020, os grãos (soja, milho e farelo de soja) responderam por 11,6 milhões de toneladas, os fertilizantes e insumos somaram 8,1 milhões de toneladas e o açúcar superou 5,3 milhões de toneladas. Esses itens são escoados por meio da conexão entre a FCA, em quatro terminais multimodais localizados em Minas Gerais, São Paulo, e nos litorais capixaba e paulista. Os ativos integradores recebem produtos pelas rodovias e transferem as cargas para vagões. O sistema conecta ferrovia, terminais e portos garantindo eficiência e capacidade na movimentação de grãos, insumos e outros produtos.

O agronegócio foi um dos responsáveis pelo balanço de positivo da FCA em 2020, publicado recentemente. No ano passado, considerando todos os segmentos escoados pela Ferrovia Centro-Atlântica, foram movimentadas 39,55 milhões de toneladas, ante 36,04 milhões no ano anterior, crescimento de 9,7%. No comparativo entre 2016 e 2020, o fluxo de cargas cresceu 28,8%. A receita líquida destas operações saltou de R$ 2,42 bilhões em 2019 para R$ 2,69 bilhões em 2020, o que representa alta de 11%. O balanço financeiro positivo das operações na FCA é fruto do aumento no volume transportado ao longo da malha no período. 

O modal ferroviário é apontado por especialistas como o mais adequado para movimentar grandes volumes. Um vagão graneleiro comporta, em média, mais de 70 toneladas enquanto um caminhão bitrem carrega somente 36 toneladas. No cenário brasileiro, a prática de interligar modais (rodovia e ferrovia) representa mais velocidade no escoamento das cargas.

O papel dos terminais contribui para esse atributo. Antes dessas unidades centralizarem grandes volumes, o processo de embarque nas composições era disperso e resultava em longos intervalos para formar o trem. Araguari, no Triângulo Mineiro, sedia o primeiro terminal da VLI. Por lá, um processo que durava mais de dois dias sem o terminal, passou a durar, em média, sete horas.    

Em Guará, interior de São Paulo, a VLI conta com um terminal exclusivo para movimentar açúcar. Essa unidade, inaugurada em 2015, recebe a commodity pela rodovia e envia o produto para o Tiplam (Terminal Integrador Luiz Antônio Mesquita), em Santos (SP). O terminal de Guará concluiu uma ampliação em 2020 e tem capacidade de 4,5 milhões de toneladas por ano.      

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