Vendas de caminhões avançam 48,9% no quadrimestre

Dos 35.862 caminhões vendidos de janeiro a abril, 18.321 são de veículos pesados e 8.946, de modelos semipesados

Sonia Moraes

O mercado de caminhões segue embalado pelos modelos pesados, que representaram a metade das vendas do setor em abril, devido à grande demanda do agronegócio, da construção civil, da mineração e do comércio eletrônico.

Mesmo com a queda de 9,1% em abril sobre março, com a venda de 9.785 veículos, o momento é considerado muito bom pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “A média diária de vendas continua bastante positiva e em linha com a expectativa que tínhamos para o mês”, comentou Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, responsável por veículos pesados.

A venda de 35.862 caminhões no acumulado de janeiro a abril, que representou acréscimo de 48,9% sobre o mesmo período de 2020, também foi maior que em 2019, segundo Bonini. Do total vendido, 18.321 são de veículos pesados, 8.946 de semipesados, 3.488 de leves, 3.062 de médios e 2.045 unidades de semileves.

Exportação –

Nas exportações, o movimento de abril apresentou queda de 3,3% na comparação com março, com o embarque de 1.887 caminhões. No quadrimestre, a venda de 7.166 veículos no mercado internacional representou aumento 140,8% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram exportados 2.976 veículos. E o maior volume na exportação foi de modelos pesados, 3.269 unidades, seguido de semipesados – 2.093 unidades.

Em CKD (veículos desmontados), as montadoras exportaram 1.304 caminhões de janeiro a abril, 19,6% a mais que no mesmo período de 2020, quando foram embarcados 1.091 veículos.

Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, comentou que a ampliação das exportações é crucial para o fortalecimento da indústria. “Para isso, é necessária a criação de uma política de exportação com medidas capazes de reduzir o custo Brasil, de ampliação dos acordos internacionais de comércio, da modernização e do fortalecimento do sistema de financiamento às exportações.”

Produção –

Na produção, os 13.093 caminhões alcançados em abril foram 5% superiores a março, número que Anfavea considerou muito bom. O acumulado de janeiro a abril, que teve 46.175 caminhões fabricados, 83,9% a mais que no mesmo período de 2020, foi considerado o melhor desde 2014. “Temos um volume interessante e cabe destacar o trabalho hercúleo das áreas de logística e produção que, mesmo com toda diversidade e complexidade com a falta de matéria-prima e de semicondutores, tem conseguido manter o ritmo bastante interessante na produção”, destacou Bonini.

O presidente da Anfavea evidenciou o trabalho da equipe de logística, apesar de todas as dificuldades na cadeia logística mundial e do momento com a falta de navios, de contêineres e de semicontudores. Ressaltou também o pessoal de compras, de produção, que está atuando grande flexibilidade e agilidade, e de recursos humanos, que precisa que negociar a jornada de trabalho adequando a situação de cada empresa. “Quero registrar aqui que o setor automobilístico mais uma vez consegue se reinventar mesmo com tantas dificuldades causadas pela pandemia desde o final do ano passado”, disse Moraes.

Do total de caminhões produzidos no primeiro quadrimestre, 23.039 são de modelos pesados, 12.960 unidades de semipesados e 7.619 unidades de leves. Os médios somaram 2.075 unidades e os semileves 482 unidades.

Ranking –

No ranking do setor, a liderança ficou com a Volkswagen Caminhões e Ônibus com a venda de 10.101 caminhões no quadrimestre, 54,7% a mais que, no mesmo período de 2020 (6.531 unidades). O segundo lugar é ocupado pela Mercedes-Benz, com 9.942 veículos comercializados no país, 38,9% a mais que nos quatro meses de 2020 (7.157 unidades), e o terceiro pela Volvo, com 5.560 veículos emplacados, 19,3% a mais janeiro a abril de 2020 (4.662 unidades).

A Scania, quarta colocada, vendeu 4.642 caminhões de janeiro a abril, 111,8% mais que no primeiro quadrimestre do ano passado (2.192 unidades), e a Iveco, que está em quinto lugar, comercializou 2.100 caminhões até abril, 95,7% acima dos quatro meses de 2020 (1.073 unidades). A DAF, que ocupa o sexto lugar, vendeu 1.632 veículos, 54% a mais que janeiro a abril de 2020, cujo volume totalizou 1.060 unidades.

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