Gol anuncia a conversão da frota de aeronaves para o Boeing 737-MAX

Até o final do ano, estarão em operação 44 aeronaves desse modelo, representando cerca de 30% da frota total

Os planos da Gol para 2022 estão focados na transformação da frota para o 737-MAX. “Prevemos que até o final do ano estarão em operação 44 aeronaves desse modelo, representando cerca de 30% da frota total. Como consequência deste processo de modernização, esperamos redução de aproximadamente 8% no custo unitário”, disse disse Paulo Kakinoff, CEO da companhia.

A Gol fechou uma operação de até US$ 600 milhões para financiar 100% da aquisição de 12 novas aeronaves 737 MAX 8 (dez arrendamentos financeiros e dois sale-leasebacks) e para gerar linhas de créditos adicionais para sustentar a devolução das aeronaves Boeing 737 NG. “O MAX é um componente chave na nossa meta para atingir a neutralidade de carbono até 2050, já que essa aeronave consome 15% menos combustível, produz 16% menos emissões de carbono e 40% menos ruído, e possui maior alcance de voo do que o modelo NG,” destacou Celso Ferrer, diretor vice-presidente de operações.


Em 15 de janeiro de 2022, a Gol completou 21 anos de atuação no mercado, e desde a sua fundação transportou mais de 480 milhões de passageiros em mais de 4,3 milhões de voos para destinos no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos.

No quarto trimestre de 2021 a empresa inaugurou dois novos destinos: Bonito (MS), o famoso destino para ecoturismo nacional, a partir de Congonhas (SP), e Pelotas, no interior gaúcho, partindo de Guarulhos. Em novembro, a companhia retornou as operações para Montevidéu, Punta Cana e Cancún, e a partir de dezembro reativou os voos para Cabo Frio, no litoral fluminense e destinos internacionais Buenos Aires, na Argentina, e Paramaribo, no Suriname.

“Atendemos à atual retomada da demanda por viagens no trimestre com a nossa imutável disciplina na gestão da capacidade e dos resultados, que superaram os patamares de 2019. Nós tivemos o melhor resultado trimestral desde o início da pandemia, atingindo 36% de margem Ebitda ajustada. A taxa de ocupação (82,6%) e a utilização de aeronaves (11,5 horas bloco por dia) melhoraram respectivamente 1,5 ponto percentual e 29,2% em relação ao quarto trimestre de 2020, enquanto o número de voos diários aumentou de 403 para 492 dentro do trimestre. Continuamos bem posicionados para capturar o retorno contínuo dos passageiros de negócios com eficiência”, disse Kakinoff.


A Gol encerrou o quarto trimestre de 2021 com prejuízo de R$ 2,8 bilhões, enquanto no mesmo período de 2020 havia fechado com lucro de R$ 16,9 milhões. No acumulado de janeiro a dezembro de 2021 o prejuízo foi de R$ 7,22 bilhões, 20,6% superior ao saldo negativo de R$ 5,98 bilhões registrado em 2020, conforme mostra o resultado financeiro divulgado pela empresa.

A receita líquida da companhia atingiu R$ 2,9 bilhões no quarto trimestre do ano passado. Este resultado é 54,5% superior ao mesmo período de 2020 e o maior desde o início da pandemia. Do total, R$ 2,8 bilhões foram originados do transporte de passageiros e R$ 113 milhões do transporte de cargas e do programa de fidelidade (Smiles).

O número de passageiro quilômetro transportado pago (RPK) aumentou 16,6% em relação ao quarto trimestre de 2020 e atingiu 67,3% do observado em igual período de 2019. O total de assento quilômetro ofertado (ASK) cresceu 14,5% em relação ao quarto trimestre de 2020 e alcançou 66,5% de igual período de 2019.

No quarto trimestre do ano passado a Gol transportou cerca de 6,5 milhões de passageiros, aumento de 26,1% em relação ao mesmo período de 2020 e 67,9% do observado no mesmo período em 2019.

A taxa de ocupação média das aeronaves foi de 82,6%, aumento de 1,5% em relação ao quarto trimestre de 2020. Segundo a companhia, as elevadas taxas de ocupação resultam da eficiente gestão de capacidade da Gol. A utilização das aeronaves foi de 11,5 horas por dia no quarto trimestre de 2021, um ganho significativo de produtividade de 29,2% na comparação anual.

“Em 2021 fizemos progressos significativos em diversos indicadores derivados de nosso modelo de negócios, de nossa frota flexível e altamente eficiente com um único tipo de aeronave, e da experiência ao cliente que proporcionamos, o que reforça a preferência por nossa marca”, disse Kakinoff.

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