Novos negócios e oportunidades

A Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) participou da 21ª Fenatran, assim como 23 empresas associadas. O setor segue na expectativa de um reaquecimento do mercado. “Temos observado uma tendência de melhora que se mantém nos últimos meses de forma consistente. As perspectivas para 2018 são bastante positivas. Com uma capacidade ociosa bem […]

A Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) participou da 21ª Fenatran, assim como 23 empresas associadas. O setor segue na expectativa de um reaquecimento do mercado. “Temos observado uma tendência de melhora que se mantém nos últimos meses de forma consistente. As perspectivas para 2018 são bastante positivas. Com uma capacidade ociosa bem significativa, os fabricantes de caminhões devem esperar antes de fazer novos investimentos, mas as perspectivas são positivas”, explica Alcides Braga, presidente da entidade.

Apesar do otimismo, o volume de implementos rodoviários emplacados de janeiro a setembro de 2017 registrou retração de 13% com relação ao total apurado no mesmo período de 2016. No período, a indústria entregou ao mercado 41,6 mil produtos, comparados com 47,8 mil unidades de janeiro a setembro do ano passado. Segundo a Anfir, um dado que chama a atenção está entre os oito segmentos, dos 15 que compõem o setor de reboques e semirreboques, com emplacamento superior a mil unidades. Entre esses oito setores, cinco já apresentam resultado positivo. São eles basculante, baú carga geral, dolly, baú lonado e tanque carbono.

Braga destaca que a recuperação não está concentrada em alguns segmentos, mas atinge quase todas as linhas, ainda que de maneira discreta. “Esse indicativo em meio ao ambiente geral de retração corrobora a impressão do setor que estamos em rota de recuperação lenta, mas sem oscilações para baixo”, avalia Braga. No total, o segmento pesado apresentou retração de 6,19% com emplacamento de 17,3 mil produtos de janeiro a setembro de 2017, ante 18,4 mil em igual período do ano passado. No segmento leve, a retração registrada de janeiro a setembro de 2017 é de 17,27%. No período foram distribuídos 24,3 mil produtos, acima das 29,3 mil unidades em 2016.

Alcides Braga

Nesse contexto ainda difícil, a Fenatran trouxe possibilidades de novos negócios para as empresas do setor. “O evento mudou nos últimos anos, talvez até devido à nova realidade do mercado. De uma feira voltada mais para ampliar relacionamentos profissionais, a Fenatran começou a gerar negociações bastante concretas. Acredito que essa edição será realizada em um clima bem mais positivo que as anteriores e será muito boa para fazermos negócios. A Anfir está muito bem representada com 23 associadas participando do evento”, diz Braga.

O presidente da Anfir acredita que o momento atual é fundamental para que haja um impulso mais significativo no mercado e que a Fenatran foi importante para marcar essa mudança positiva. “A hora é de mudarmos o discurso e ter mais positividade, pois temos razões para sermos otimistas. Já observamos um deslocamento no fomento ao setor, que caminha para uma concentração menor no BNDES. Os juros estão mais baixos e a inflação está sob controle. Há uma série de fatores que devem favorecer uma melhora na economia nos próximos meses”, pondera.

De acordo com Braga, a Fenatran também foi importante por receber visitantes de outros países, principalmente da América Latina. “Precisamos olhar com atenção para o mercado externo, que também oferece boas oportunidades de negócios. Um evento como esse dá visibilidade aos fabricantes brasileiros, que têm a chance de apresentar os destaques de suas linhas de produto e os principais lançamentos. Nossos vizinhos estão atentos ao que é produzido no Brasil e precisamos aproveitar as oportunidades. A Anfir tem trabalhado para fortalecer esses laços com compradores de outros países”, acrescenta.

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