São Paulo lança pagamento de tarifa com cartão de débito e crédito

Duzentos ônibus gerenciados pela SPTrans passaram a oferecer a nova opção com cartões contactless em um projeto piloto iniciado em setembro O transporte público da cidade de São Paulo começa a aceitar pagamento de passagens com cartões bancários sem contato. Nessa primeira etapa, serão 200 veículos, de 12 empresas de ônibus, a aceitarem o novo […]

Duzentos ônibus gerenciados pela SPTrans passaram a oferecer a nova opção com cartões contactless em um projeto piloto iniciado em setembro

O transporte público da cidade de São Paulo começa a aceitar pagamento de passagens com cartões bancários sem contato.

Nessa primeira etapa, serão 200 veículos, de 12 empresas de ônibus, a aceitarem o novo sistema de pagamento. Os ônibus são distribuídos em 12 linhas e dois atendimentos, que complementam a linha base.

Essas linhas transportam cerca de 2,9 milhões de passageiros por mês. Inicialmente, o sistema aceitará as bandeiras Mastercard e Visa, mas os cartões com bandeira Elo devem ser incluídos futuramente.

Segundo a SPTrans, o novo meio de pagamento é mais uma ação para trazer agilidade e praticidade para paulistanos e visitantes em seus deslocamentos pela cidade.

Para utilizar essa tecnologia, basta aproximar do validador do ônibus os cartões de crédito, débito e pré-pago, smartphones ou smartwatches, com a tecnologia NFC (Near Field Communication). A iniciativa também benefi cia turistas brasileiros e estrangeiros que visitam a cidade, já que os cartões internacionais também serão aceitos.

A escolha das linhas foi feita com o objetivo de atender a todas as regiões da cidade, além de terminais, estações de metrô e avenidas com grande fluxo de turistas.

A implantação do projeto-piloto não trouxe custos para a prefeitura de São Paulo, já que os investimentos foram feitos pelas empresas parceiras. A solução é possível graças a parcerias envolvendo concessionárias de ônibus, empresas de bilhetagem e bandeiras de cartões de débito e crédito. A Cielo é uma das referências na aceitação do NFC no país. Além de mais de 90% de suas máquinas estarem preparadas parar esse tipo de transação, a companhia, no primeiro semestre, habilitou 41 estações do metrô do Rio de Janeiro para o pagamento por aproximação. Desde abril, foram realizadas aproximadamente 300 mil transações. “A Cielo é uma empresa de tecnologia e está atenta a novas avenidas de negócios. O uso do NFC nos ônibus de São Paulo ajudará a democratizar e disseminar os meios de pagamento eletrônicos”, afirma o presidente da companhia, Paulo Caffarelli.

Outra frente de atuação da Cielo no segmento do transporte público é uma parceria, recentemente anunciada, que permite o pagamento da tarifa de metrô na capital paulista por meio do QR Code. O projeto vai se estender por três meses ou 500 mil transações, o que ocorrer primeiro. Após esse período a prefeitura pretende escalar a tecnologia para toda a frota de ônibus paulistana.

A iniciativa busca trazer mais segurança ao sistema de transporte. “Os validadores estavam aptos a aceitar apenas o bilhete único, agora passarão a aceitar a tecnologia NFC também. O volume de dinheiro que circula nos ônibus deve cair, consequentemente há uma diminuição da necessidade de as empresas terem troco e do custo com o transporte de valores.

Além disso, oferecem uma opção alternativa para o passageiro pagar a tarifa. As bandeiras de cartões trabalham para mitigar os riscos do negócio”, informa Carlos Fernando Ferreira de Sousa, o diretor comercial de e-commerce e novos mercados da Cielo.

Para utilizar esse sistema de pagamento é preciso que o cartão de débito, crédito ou qualquer equipamento eletrônico móvel tenha a tecnologia de pagamento por aproximação (NFC) desbloqueada previamente, ou seja, que já tenha sido utilizada em alguma transação anteriormente.

E atentar-se para identificação semelhante na porta dianteira na parte externa dos ônibus. Dentro do veículo também é possível verificar se há as bandeiras Mastercard e Visa no validador, o que indica que aceita o novo meio de pagamento. Para usar, é preciso aproximar o cartão do validador, assim como faz com o Bilhete Único. A cobrança da tarifa aparecerá na fatura ou no extrato da conta corrente do usuário.

Participam do projeto as empresas de ônibus Ambiental Transportes, Auto Viação Transcap, Mobibrasil Transporte, Movebuss, Sambaíba, Transpass, Transunião Transportes, Transwolff, Viação Gato Preto, Viação Grajaú, Viação Metrópole Paulista, e Viação Santa Brígida.

CASES DE SUCESSO – A Visa é uma das parceiras do poder público nessa iniciativa.

“Lançamos em abril o pagamento por aproximação no metrô do Rio de Janeiro.

O número de transações por aproximação realizadas nas 41 estações vem crescendo quase 60% a cada mês. Isso prova que benefícios como conveniência, rapidez e segurança estão cada vez mais evidentes na vida dos cariocas e dos turistas. Para se ter uma ideia do sucesso desse projeto, 94% das pessoas que usam a solução no transporte público, seguem usando como hábito. Tenho certeza de que em São Paulo não será diferente”, conta Fernando Teles, country manager da Visa do Brasil.

Segundo dados da Visa Consulting & Analytics, São Paulo é a cidade com maior uso da solução em todo o país. Esse número cresceu mais de 600% se comparado ao ano passado. Os segmentos com maior número de transações por aproximação na cidade são restaurantes, padarias e supermercados,

o que indica que o consumidor utiliza a tecnologia em compras recorrentes por entender sua segurança e comodidade.

Os bairros com maior utilização da solução, em quantidade de transações, são em ordem de utilização: Pinheiros, Bela Vista, Cerqueira César, Vila Mariana, Indianópolis, Itaim Bibi, Jardim Paulista, Vila Nova Conceição, Vila Olímpia e Perdizes.

“O impacto do pagamento por aproximação vai além do transporte público, que funciona como um catalisador do uso da tecnologia. Em nossa experiência no Brasil e no mundo, testemunhamos mudanças no comportamento dos consumidores e dos estabelecimentos comerciais assim que lançamos soluções como essa da SPTrans, como o aumento do uso do pagamento eletrônico em detrimento do dinheiro em papel, que leva segurança, agilidade e uma melhor experiência de compra e venda para as cidades”, acredita Teles. Os emissores Visa também estão comprometidos a emitir cartões com a tecnologia de pagamento por aproximação e a incentivar o uso dos consumidores.

De acordo com a Mastercard, São Paulo, assim como Nova York, Londres, Sydney e mais recentemente Miami, dá um importante passo para facilitar a vida de moradores e turistas. “Esse projeto oferece ao usuário a possibilidade de usar nos ônibus da cidade o mesmo cartão ou dispositivo que utiliza para suas compras diárias, tirando a necessidade de se ter dinheiro no bolso ou bilhetes específicos que fazem mais sentido para usuários frequentes”, explica o executivo. “A tecnologia de pagamento por aproximação trará agilidade e praticidade para a cidade, já que é cerca de dez vezes mais rápida que o pagamento em dinheiro. Agora, até os turistas poderão usar o transporte público da cidade sem se preocupar em ter que trocar dinheiro ou em comprar passagens antecipadamente”, observa o presidente da Mastercard para Brasil e Cone Sul, João Pedro Paro Neto.

A Mastercard já tem ampla experiência no setor de transporte. “Temos diversos cases bem-sucedidos e bastante diversificados na integração dos pagamentos por aproximação ao transporte público em pequenas e grandes cidades. Em Londres, onde ajudamos a implementar um sistema em 2014, o pagamento por aproximação com cartões responde atualmente por 55% das viagens realizadas no metrô, um dos mais movimentados do planeta nos horários de pico. Ao todo, são mais de 21,6 milhões de viagens por semana usando pagamentos por aproximação. Isso representa uma economia de mais de £100 milhões por ano”, afirma Paro Neto.

A Mastercard iniciou a implantação dessa tecnologia no Brasil pela cidade de Jundiaí, no Estado de São Paulo, em 2017. Ao instalar a tecnologia em toda a frota de ônibus local, a cidade permitiu aos usuários pagarem a passagem com cartões e vestíveis, apenas encostando nos validadores. No Brasil, o sistema também foi implementado nos trens do Rio de Janeiro.

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