Retomada a ampliação do canal de Nova Avanhandava, na Hidrovia Tietê-Paraná

Processo de derrocamento do pedral estava paralisado desde 2019; a previsão é de que as intervenções sejam concluídas em três anos

O governo de São Paulo assinou o contrato para a retomada das obras de ampliação do canal de navegação de Nova Avanhandava, no trecho da Hidrovia Tietê-Paraná localizado em Buritama, região noroeste do estado. O processo de derrocamento do pedral – fragmentação da rocha por explosão – estava paralisado desde 2019. A previsão é que a autorização para o início das obras ocorra em 30 dias e que as intervenções sejam concluídas em até três anos.

Os investimentos previstos são de cerca de R$ 300 milhões, com geração de 1,4 mil empregos entre diretos e indiretos. No total, serão retirados 552 mil metros cúbicos de rochas, equivalentes ao volume de 600 piscinas olímpicas, o que permitirá manter as condições de navegabilidade na hidrovia, mesmo em períodos de estiagem. Entre 2014 e 2015 e 2020 e 2021, a navegação na hidrovia foi interrompida por 20 meses e sete meses, respectivamente, devido ao nível baixo das águas.

O derrocamento do pedral vai permitir aprofundamento do canal em 3,5 metros, com largura de 60 metros, ao longo de 16 quilômetros de extensão. Além de melhorar a navegabilidade, a obra também permitirá maior flexibilidade na operação das usinas hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira, eliminando eventuais conflitos entre navegação e geração de energia.

“Essa obra é muito emblemática tanto pelo histórico quanto pela importância econômica e ambiental do modo de transporte hidroviário. Para se ter uma ideia, a distância percorrida, transportando uma tonelada de carga com um litro de combustível, é de 25 quilômetros pelo modo rodoviário, 85 quilômetros pelo ferroviário e 220 quilômetros pela hidrovia, o que evidencia o caráter sustentável das hidrovias”, ressalta a secretária de meio ambiente, infraestrutura e logística, Natália Resende.

Em termos de volume transportado, uma embarcação do tipo chata, com um empurrador, é capaz de transportar 1,5 mil toneladas. No modo rodoviário, para o transporte do mesmo volume, seriam necessárias 43 carretas, de 35 toneladas cada. Os dados são do departamento hidroviário (DH), órgão vinculado à secretaria de meio ambiente, infraestrutura e logística de São Paulo (SEMIL).

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