Exportações de autopeças crescem 19,1% de janeiro a junho

Mesmo com o recuo de 1,1% as importações de US$ 9,57 bilhões superaram as vendas externas, que totalizou US$ 4,53 bilhões, resultando em déficit de US$ 5,04 bilhões, 14,2% abaixo dos seis meses de 2022

Sonia Moraes

A indústria de autopeças fechou o primeiro semestre de 2023 com exportações de US$ 4,53 bilhões, crescimento de 19,1% sobre o mesmo período de 2022, quando os embarques de componentes totalizaram US$ 3,80 bilhões, segundo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Em junho as exportações apresentaram resultado negativo, totalizando US$ 744,38 milhões. Em relação a junho de 2022 (US$ 750,72 milhões), a retração foi de 0,8% e em comparação com maio deste ano (US$ 893,54 milhões), a redução foi de 16,7%. O movimento das importações continua em declínio, com baixa de 1,1% em junho em relação a junho de 2022 (de US$ 1,54 bilhão para US$ 1,52 bilhão) e redução de 13,6% sobre maio (US$ 1,76 bilhão) deste ano.

No acumulado de janeiro a junho, as importações totalizaram US$ 9,57 bilhões, com recuo de 1,1% sobre o primeiro semestre de 2022, quando a compras externas de autopeças totalizaram US$ 9,68 bilhões. Mesmo com o bom desempenho, as exportações no primeiro semestre ficaram abaixo das importações, o que resultou em déficit de US$ 5,04 bilhões, 14,2% inferior ao saldo comercial negativo de US$ 5,88 bilhões registrados nos seis meses de 2022.

Do total de componentes exportados para 193 países nos seis meses de 2023, a Argentina se destacou com US$ 1,64 bilhão, 20,8% a mais que no mesmo período de 2022, com participação foi de 36,3%; seguida pelos Estados Unidos, com US$ 685,3 milhões, 12,3% superior que janeiro a junho de 2022 e 15,1% de participação.

Na sequência aparece o México, que absorveu US$ 445,5 milhões, montante 28% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 9,8% do total, e a Alemanha, que teve 7,6% de participação, com US$ 342,5 milhões, aumento de 21,5% sobre o primeiro semestre de 2022.

Nas importações provenientes de 162 mercados, os principais foram a China, com US$ 1,47 bilhão, 5,1% a menos que janeiro a junho de 2022, ficando com 15,4% de participação nas compras totais das empresas, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 1,18 bilhão, 2,7% a mais que nos seis meses do ano anterior e 12,4% de participação.

A Alemanha teve 10% de representatividade, com o total de US$ 952,8 milhões, 2,8% inferior aos seis meses de 2022. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 8,4% de participação, com US$ 808,2 milhões, 7,6% abaixo dos seis meses de 2022.

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