Petrobras assina contrato com porto do Açu (RJ)

O acordo, que tem por objetivo impulsionar o descomissionamento sustentável de plataformas, prevê serviços de apoio às unidades de produção antes da destinação final

A Petrobras assinou, nesta semana, contrato com o porto do Açu (RJ) para apoio ao descomissionamento de plataformas de produção de petróleo e gás. O acordo prevê disponibilização de cais para acostamento temporário das unidades de produção em descomissionamento, até a definição da destinação final da unidade, de acordo com as melhores práticas internacionais de reciclagem verde e sustentabilidade (ASG).

Com duração de três anos, o contrato com o porto do Açu, localizado na cidade de São João da Barra (RJ), também determina a prestação de serviços de apoio às unidades, disponibilização de energia elétrica, entre outros. O acordo integra a estratégia da Petrobras de descomissionar um total de 26 plataformas até 2030

O descomissionamento consiste em um conjunto de atividades associadas à interrupção definitiva das operações de uma plataforma. Segundo a Petrobras, trata-se de um processo natural dentro do ciclo produtivo da indústria de óleo e gás. A Petrobras destinará U$ 9,8 bilhões para atividades de descomissionamento, de acordo com o seu Planejamento Estratégico 2023-2027.

A companhia prevê descomissionar 26 plataformas nos próximos cinco anos. Dentro das atividades de descomissionamento estão previstas as atividades de tamponamento definitivo de poços, limpeza e destinação dos sistemas submarinos e plataformas.

Destinação sustentável

A Petrobras concluiu em julho o leilão de venda da plataforma P-32, a primeira plataforma para a qual será adotado o modelo de destinação sustentável, adotado pela companhia. A empresa vencedora foi a Gerdau, em parceria com o estaleiro Ecovix. A P-32, atualmente na Bacia de Campos sairá da locação diretamente para o estaleiro da Ecovix, onde será realizada a reciclagem da embarcação.

Pré-Sal-

A Petrobras prevê instalar 11 novas plataformas para produzir na camada pré-sal até 2027. Desde dezembro de 2022, a empresa já colocou em produção dois novos sistemas no pré-sal – P-71 no campo de Itapu e FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios – e prevê iniciar a operação da terceira unidade (FPSO Sepetiba, no campo de Mero) até o fim deste ano. FPSO é a sigla em inglês para plataforma flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo.

O Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2023 a 2027 destinou US$ 64 bilhões para investimentos em atividades de exploração e produção. Uma parcela de 67% desses recursos será destinada a investimentos no pré-sal. Com os novos projetos somados às unidades já em operação, a estimativa é que a companhia irá produzir um total de 3 milhões e 100 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2027, sendo 2,4 milhões boed no pré-sal (parcela própria da Petrobras), o que representará 78% do total da produção. No caso da produção operada (Petrobras + parceiros), a projeção é que o volume produzido no pré-sal alcance 3,6 milhões de boe em 2027.

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