Logplace e TBForte unem forças para avançar no transporte de cargas de alto valor

Com a parceria, as empresas pretendem conquistar uma fatia de 5% desse mercado. A estimativa é uma redução de 10% dos custos dos seus clientes, em média

Aline Feltrin

A Logplace e a TBForte, subsidiária da Tecban, anunciaram uma parceria estratégica destinada ao transporte de cargas de alto valor agregado. Com a união, as empresas prometem simplificar e otimizar o processo logístico, a partir de soluções integradas.

O CEO da Logplace, Pedro Bezerra, contou ao portal Transporte Moderno que a parceria representa um passo significativo na busca por mais segurança e eficiência em entregas. A colaboração entre as duas companhias, de acordo com o CEO, representa uma inovação, ao combinar a experiência da Logplace como operadora logística com a segurança especializada da TBForte.

No cenário atual, o transporte de cargas de alto valor envolve uma complexa rede de empresas, desde transportadoras até operadoras logísticas e fornecedores de veículos blindados. Segundo o executivo, essa abordagem fragmentada muitas vezes resulta em processos mais custosos.

Redução de 10% nos custos

A parceria busca romper com esse modelo convencional, ao oferecer uma solução integrada. “Ao unir frotas e infraestruturas, queremos proporcionar um serviço completo. Desde a coleta até a distribuição final”, diz Bezerra. O executivo estima que a operação logística proporcionará uma redução de custo de, pelo menos, 10% para os seus clientes.

Um dos pontos-chave dessa colaboração, segundo o CEO, é a ênfase na segurança. “Com a implementação de tecnologias avançadas de monitoramento, como a primeira caixa de transporte monitorada do Brasil, as empresas buscam garantir a proteção total das cargas de alto valor. O que mitiga riscos.”

Conquista do mercado

A Logplace e a TBForte estão focadas em oferecer uma gama diversificada de serviços. E isso inclui transporte intermodal e soluções personalizadas para diferentes setores. Entre eles tecnologia, farmacêutico e luxo. Segundo o executivo, o mercado farmacêutico, por exemplo, tem itens de até US$10 milhões que necessitam de transporte seguro até suas fábricas.

Com uma visão de longo prazo, as empresas planejam conquistar uma fatia significativa do mercado de transporte de cargas de alto valor agregado nos próximos 24 meses. A estimativa é que a participação seja de, pelos menos, 5% deste mercado, o que corresponde a uma movimentação financeira da ordem de R$ 306 milhões por ano. “Neste momento, estamos com 20 negociações em curso com grandes empresas do Brasil. O objetivo é expandir ainda mais a base de clientes”, finaliza.

Outro foco é o mercado de luxo, ou seja, jóias e acessórios de grifes renomadas, cuja segurança é crucial não apenas por questões de seguro, mas para garantir sua integridade. Além disso, o transporte de produtos em setores como telecomunicações, semicondutores e infraestrutura de fibra óptica.

Indústria bilionária

Segundo um levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), juntas, as indústrias de produtos eletrônicos, telecom e componentes tiveram um faturamento de R$ 204 bilhões em 2023. Seja como for, o custo logístico foi de R$ 6 bilhões. Em outras palavras 3% da receita obtida por essas empresas foi usado para distribuir os produtos.

Pedro Bezerra revelou também que a preservação da segurança da informação representa uma das mais prementes prioridades no transporte de valores, dada a potencial exposição a múltiplas entidades que poderiam comprometer o sigilo das operações. “Nossa aliança opera como um robusto escudo contra essa vulnerabilidade. Isso porque centraliza o gerenciamento de informações em uma estrutura singular, o que não só evita vazamentos como também reforça a confiabilidade das entregas”, garante.

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