Déficit da indústria de autopeças recua 16,2% no primeiro bimestre

Com as importações de US$ 2,92 bilhões e as exportações de US$ 1,4 bilhão, o saldo da balança comercial do setor ficou negativo em US$ 1,6 bilhão de janeiro a fevereiro deste ano

Sonia Moraes

A indústria de autopeças registrou no acumulado de janeiro a fevereiro de 2023 déficit de US$ 1,6 bilhão, o que corresponde a um recuo de 16,2% em relação ao mesmo período de 2022, quando a balança comercial ficou com saldo negativo de US$ 1,8 bilhão.

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), pelo segundo mês consecutivo, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve retração do déficit comercial da indústria de autopeças.

No primeiro bimestre deste ano, as importações de autopeças atingiram US$ 2,92 bilhões, com pequena redução de 0,7% frente ao mesmo período de 2022, quando totalizou US$ 2,94 bilhões. Em fevereiro, a compra de peças importadas somou US$ 1,37 bilhão, 11,3% inferior aos US$ 1,54 bilhão registrados em janeiro. Na comparação com fevereiro de 2022 (US$ 1,46 bilhão) a retração foi de 6,4%, segundo o Sindipeças.

As exportações no acumulado de janeiro e fevereiro atingiram US$ 1,4 bilhão, com aumento de 26,3% sobre igual período de 2022, quando chegou a US$ 1,07 bilhão. Em fevereiro as vendas externas de autopeças totalizaram US$ 771,9 milhões, superando em 32,7% o resultado de janeiro deste ano (US$ 581,8 milhões). Em relação a fevereiro de 2022 (US$ 602,9 milhões), o crescimento foi de 28%.

Do total de componentes importados de 137 países no primeiro bimestre de 2023, a China se destacou com US$ 472,7 milhões, 15,5% a menos que no acumulado de janeiro a fevereiro de 2022, e a participação foi 16,2% nas compras totais das empresas, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 324,5 milhões, aumento de 0,8% em relação ao primeiro bimestre do ano passado e 11,1% de participação.

A Alemanha teve 11% de representatividade, com o total de US$ 321,5 milhões, 8,2% superior aos dois primeiros meses de 2022. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 7,8% de participação, com US$ 228,8 milhões, 19,6% a menos que no mesmo período do ano anterior, e o México, quinto lugar, assegurou 7,8% de participação, com US$ 227,2 milhões, 37,7 superior a janeiro e fevereiro de 2022, segundo o Sindipeças.

Nas exportações destinadas a 161 mercados os principais foram a Argentina, com US$ 452,7 milhões, 34,6% a mais que em janeiro e fevereiro de 2022, garantindo 33,4% de participação, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 213,1 milhões, 24,5% a mais que no primeiro bimestre de 2022 e 15,7% de participação.

Na sequência, aparece o México, que absorveu US$ 137,8 milhões, 26,6% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 10,2% do total, e a Alemanha, que teve 6,8% de participação, com US$ 92,1 milhões, com expansão de 11,4% sobre os dois primeiros meses de 2022. A Noruega aparece em quinto lugar, com US$ 76,07 milhões, aumento de 636,7% sobre janeiro e fevereiro de 2022 e 5,6% de participação nas compras de componentes.

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