O Brasil é considerado mercado estratégico para a BorgWarner

Além de ser importante para o segmento de reposição, o país também possui grande relevância para a divisão de turbos do grupo, os produtos mais vendidos da marca no Brasil

A BorgWarner considera o Brasil um mercado estratégico no segmento de reposição na América do Sul. “O Brasil possui a quarta maior frota pesada do mundo e nosso portfólio de turbocompressores cobre a maior parte dessa frota. Além disso, o mercado brasileiro mantém os caminhões rodando por mais tempo, o que exige produtos de boa qualidade e alto desempenho para reduzir custos de frotas que rodam tanto”, disse Michael Boe, vice-presidente global de aftermarket da BorgWarner para Emissions, Thermal and Turbos Systems.

O executivo destacou que o Brasil também possui grande relevância para a divisão de turbos do grupo, os produtos mais vendidos da marca no país. “No ano passado, cerca de 30% dos carros de passeio no Brasil foram equipados com turbo flex, a maioria produzida pela nossa fábrica em Itatiba (SP). Somos os pioneiros em produzir turbocompressores para motores downsizing flex no Brasil, posicionando o país de maneira singular dentro da BorgWarner”, informou Boe. “Em 2022, mais de 98% das nossas vendas no aftermarket na América do Sul foram produzidas pela unidade brasileira. E 70% da produção local foi para atender o mercado de reposição nacional.”

Segundo Boe, o objetivo da organização neste momento é contribuir para uma mobilidade limpa com zero emissões. “Como o Brasil possui várias alternativas para que isso aconteça, a BorgWarner, com seu extenso portfólio de soluções e tecnologias, está preparada atender ao mercado em qualquer cenário. “Os turbos, por exemplo, fazem parte dos produtos que contribuem com uma mobilidade mais limpa. Nossos turbocompressores produzidos em 2021 economizarão aproximadamente 18 milhões de toneladas métricas de carbono durante a vida útil média de um veículo”, explica.

Na avaliação de Boe, para o mercado de reposição as estratégias futuras funcionarão de modo diferente não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. “Tudo o que acontece hoje no mercado de reposição, aconteceu 15 anos atrás para os fabricantes originais. Isso significa que o que está sendo realizado pelas montadoras agora, acontecerá futuramente no aftermarket, devido à demanda crescente”, diz. “Por isso, é necessário estar atento às estratégias e ações da indústria automotiva.”

Mobilidade elétrica

Com relação a transição para a mobilidade elétrica, tema bastante discutido no setor, em que há questionamentos sobre como será essa transformação para o mercado de reposição, considerando que somente em 2022 foram vendidos 10,5 milhões de veículos elétricos no mundo, segundo dados publicados pela Counterpoint Research, o vice-presidente global da BorgWarner, disse que essa frota ainda representa um número muito pequeno para o aftermarket, além de neste momento ser atendida diretamente pelos fabricantes originais. “Os veículos elétricos não substituirão os veículos a combustão da noite para o dia, e isso é uma realidade em todas as regiões. A BorgWarner está eletrificando seu portfólio para atender OEMs, e se mantém bem posicionada como parceira essencial no mercado de reposição, apta a oferecer alta qualidade e desempenho para EV no aftermarket também”, comentou o executivo.

Apesar da eletrificação ainda ter pouca representatividade neste setor, já é possível enxergar especialistas de reparação e reposição dedicados ao assunto, salientou Boe. “Cada vez mais veículos terão softwares e interfaces amigáveis, sistemas conectados à nuvem, eletrônica embarcada e sistemas de propulsão mais e mais eficientes. E o mercado de reposição já conta empresas e profissionais atualizados atendendo veículos modernos e de diferentes propulsões. Não há como voltar atrás do progresso que vimos até agora”, destacou.

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