Grupo Volvo tem resultado recorde em 2023

O faturamento atingiu a marca histórica foi de 552,8 bilhões de coroas suecas em vendas totais no ano passado; na América Latina o resultado alcançado foi de R$ 19,7 bilhões

Sonia Moraes

O ano de 2023 foi considerado recorde para o Grupo Volvo, com faturamento que atingiu a marca histórica de 552,8 bilhões de coroas suecas alcançadas com vendas totais, o que representou crescimento de 17% sobre 2022. “Este resultado foi recebido de maneira muito positiva pelo mercado, não somente pela robustez financeira, mas pelo que significa da capacidade da Volvo de continuar investindo na transformação”, disse Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina, durante evento realizado em São Paulo.

Lirmann afirmou que o Brasil teve uma contribuição muito importante para os resultados do Grupo Volvo no ano passado e que foi o principal mercado da Volvo caminhões no mundo. Na América Latina, o faturamento no ano passado foi de R$ 19,7 bilhões.

Sustentabilidade-

“O mais importante não é o que o que foi feito até aqui, mas o que a companhia pretende fazer. Estamos começando uma nova etapa em 2024, com o desafio da transformação da indústria, e o grande tema da década é a sustentabilidade”, destacou o presidente.

Para esta década, a Volvo tem três grandes desafios, segundo Lirmann: ter veículos 100% mais eficientes, seguros e livres de combustíveis fósseis. “Esse é o grande desafio dessa geração que é eliminar a pegada de CO2.”

Segundo Lirmann, a Volvo tem metas ambiciosas de reduzir globalmente 50% a emissão de CO2 em veículos novos em 2030, chegando a 100% em 2040. “Depois de uma década, teremos uma frota livre de combustíveis fósseis”, afirmou, destacando que não há como a Volvo atingir essas metas sem uma contribuição expressiva na América Latina, que é uma região muito importante para a companhia.

Como parte desta estratégia, a Volvo vai entregar até 2025 uma redução de 20% na emissão de CO2. “Isso já está acontecendo com grande parte dos investimentos que está sendo aplicado, com a renovação da linha F, o avanço nos serviços conectados, principalmente para a eficiência de combustíveis, e os motores Euro 6, que trazem ganho na economia de combustível de até 10%. E, com a importância da contribuição do biodiesel aqui no Brasil de atingir 15% em 2026, vamos chegar a 20% de redução de CO2”, disse Lirmann.

Eletromobilidade-

Sobre a transformação da eletromobilidade, Lirmann disse que a Volvo participa de grandes etapas no mundo, começando pela produção em série em todas as linhas de produtos, como já foi anunciado o lançamento de caminhões pesados, semipesados, ônibus elétricos e equipamentos de construção.

“A Volvo garantiu a liderança em caminhões elétricos na Europa no ano passado, com 49% de participação de mercado”, disse Lirmann, destacando que a Volvo também está avançando na América Latina, com os primeiros negócios com caminhões elétricos que foram anunciados no Uruguai, Chile e Brasil. “Além dos investimentos nos elétricos, a Volvo também está fazendo testes na Europa com os primeiros caminhões movidos a célula de hidrogênio.”

Lirmann destacou também que a fábrica de Curitiba (PR) tem como foco o abastecimento dos mercados da América Latina. Do total de veículos produzidos neste complexo industrial, 84% são vendidos no Brasil e 16% são exportados.

Os investimentos de R$ 1,5 bilhão definidos para o período de 2023 a 2025, estão sendo aplicados no desenvolvimento de produtos, atualização de equipamentos da indústria para a nova geração de produtos e inclui também os novos produtos com as novas tecnologias.

“Para os próximos anos a tendência é de aumentar os investimentos no Brasil porque a Volvo está desenvolvendo três tecnologias, que custam mais caro: motor a combustão, combustíveis alternativos com maior eficiência (inclui o gás), veículos totalmente elétricos e células de hidrogênio”, disse o presidente.

Perspectivas –

Para 2024, a expectativa de Lirmann é que o mercado de caminhões seja melhor no Brasil e atinja um crescimento de 10% a 15% em relação a 2023 no segmento acima de 16 toneladas. “Temos sinais positivos com as commodities seguindo em alta, queda no nível de desemprego, maior poder de compra da população, tendência de baixa da inflação e crescimento acelerado do turismo. A perspectiva para a safra agrícola, embora seja menor que em 2022, ainda terá um volume impressionante. A taxa de juros continua alta, mas com tendência de queda. Mas o que preocupa é a elevação dos custos de materiais, logística e a situação global geopolítica”, destacou o presidente.

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